Mitos do vegetarianismo
Tradução de Myths of Vegetarianism
Traduzido por Renato Alves.
“Mitos e verdades sobre o vegetarianismo”. Publicado originalmente na Townsend Letter for Doctors & Patients, em julho de 2000. Revisado em janeiro de 2002.
“Uma determinação inabalável para se considerem todas as evidências é o único método de preservação contra os extremos flutuantes da opinião da moda”. – Alfred North Whitehead
Bill e Tanya se sentaram diante de mim, em meu consultório, com um humor lúgubre: haviam perdido seu primeiro filho no segundo mês de gestação. Especialmente Tanya estava desconcertada: “Por que isso aconteceu comigo? Por que perdi meu bebê?”
O jovem casal viera me ver, principalmente por causa das infecções respiratórias recorrentes de Tanya, e queriam algum conselho a respeito de como poderiam evitar o transtorno de outra gravidez fracassada.
Questionando Tanya sobre sua alimentação, rapidamente percebi a causa de suas infecções, bem como de seu aborto espontâneo: praticamente não havia gordura em sua alimentação, que era predominantemente vegetariana. Por causa da retórica midiática exaustiva em relação aos supostos perigos do consumo de produtos de origem animal, em oposição aos alegados benefícios à saúde do estilo de vida vegetariano, Tanya deliberadamente removeu coisas como creme, manteiga, carnes e peixe de sua alimentação. Embora ela gostasse de fígado, evitava-o, pela preocupação com as “toxinas”.
Tanya e Bill partiram com um frasco de vitamina A, outros suplementos e uma prescrição alimentar que incluía quantias fartas de gorduras animais e carne. Assim que deixou minha sala, Tanya olhou para mim e disse tristemente: “Às vezes, eu simplesmente não sei em que acreditar. Em todo lugar que olho há essas coisas vegetarianas recomendadas, com baixo teor de gordura. Eu segui isto, e veja o que aconteceu”.
Eu lhe garanti que, se ela e seu marido mudassem sua alimentação e aguardassem pacientemente que seu útero debilitado se restabelecesse, eles seriam pais felizes, no devido tempo. Em novembro de 2000, Bill e Tanya, com muita alegria, deram à luz seu primeiro filho, uma menina.
A evolução de um mito
Junto com o temor sem justificativa e sem embasamento científico, desenvolvido nas últimas décadas, contra gordura saturada e colesterol, surgiu a idéia de que o vegetarianismo é uma opção alimentar mais saudável para as pessoas. É como se todos os peritos em saúde e autoridades governamentais da área estivessem incitando as pessoas a comer menos produtos de origem animal e a consumir mais legumes, grãos, frutas e verduras. Estas exortações são acompanhadas de afirmações e estudos supostamente provando que o vegetarianismo é mais saudável às pessoas e que o consumo de carne está relacionado a doença e morte. No entanto, diversas autoridades questionaram estes dados, mas suas objeções são foram fortemente ignoradas.
Como veremos, muitas das alegações vegetarianas não possuem comprovação, e algumas são simplesmente falsas e perigosas. Existem benefícios da alimentação vegetariana para determinados quadros de saúde, e algumas pessoas atuam melhor com menos gordura e proteína, mas, como um profissional que teve de cuidar de vários ex-vegetarianos e ex-veganos (vegetarianos completos), sei muito bem os efeitos perigosos de uma alimentação isenta de produtos de origem animal saudáveis. Espero que todos os leitores avaliem mais cuidadosamente sua postura em relação ao vegetarianismo, após a leitura deste texto.
Mito nº1: O consumo de carne é um dos responsáveis pela crise de fome e exaure os recursos naturais da Terra.
Alguns vegetarianos alegaram que a criação de animais demanda pastagens que poderiam ser usadas para o plantio de grãos para alimentar a população famélica dos países do Terceiro Mundo. Também foi alegado que alimentar animais é uma das causas responsáveis pela fome mundial, porque a criação de animais consome alimentos que poderiam ser direcionados para alimentar seres humanos. Portanto, a solução à fome mundial é as pessoas se tornarem vegetarianas. Estes argumentos são ilógicos e simplistas.
O primeiro argumento despreza o fato de que cerca de 2/3 das terras de nosso planeta são inadequados para o plantio. Primordialmente, são as áreas abertas, desérticas e montanhosas que fornecem alimento para o pastoreio de animais, e a terra está atualmente sendo bem aproveitada (1).
O segundo argumento também é falho, porque ignora as contribuições vitais que a criação de animais faz ao bem-estar da humanidade. Também está equivocado ao pensar que o alimento crescido no solo e dado como alimento à criação animal poderia ser aproveitado para alimentar seres humanos:
Os animais de criação pecuária sempre fizeram grande contribuição ao bem-estar das sociedades humanas, provendo alimento, abrigo, combustível, fertilizante e outros produtos e serviços. Eles são um recurso renovável e utilizam outro recurso renovável, as plantas, para produzirem aqueles produtos e serviços. Ademais, o esterco produzido pelos animais ajuda a melhorar a fertilidade do solo e, por conseguinte, auxilia as plantas. Em alguns países em desenvolvimento, o esterco não pode ser usado como fertilizante, mas é secado e usado como fonte de combustível.
Devido ao fato de a população mundial estar crescendo mais rapidamente do que o suprimento de alimentos, há muitos pensando que estamos nos tornando cada vez menos capazes de sustentar alimentos de origem animal, porque alimentar os animais com produtos vegetais é um uso ineficaz do potencial como alimento humano. É verdade que é mais eficaz humanos comerem produtos de origem vegetal diretamente, ao invés de deixarem os animais converterem-nos em alimento humano. Na melhor das hipóteses, os animais produzem um quilo ou menos, para cada três quilos de plantas consumidos. Entretanto, esta ineficácia se aplica somente às plantas e produtos de origem vegetal que o ser humano consegue utilizar. O fato é que mais de dois terços do alimento destinado a animais são substâncias ou indesejáveis ou completamente inadequadas como alimento humano. Assim sendo, por sua capacidade de converter materiais vegetais não comestíveis em alimentação humana, os animais não apenas não competem com os humanos, mas também auxiliam enormemente, aumentando tanto a quantidade quanto a qualidade da alimentação das sociedades humanas (2).
Ademais, atualmente, existe alimento cultivado mais do que o suficiente no mundo para alimentar todas as pessoas do planeta. O problema é que a pobreza largamente disseminada torna impossível ao pobre famélico obter a comida. Em um relatório abrangente, o Population Reference Bureau atribuiu o problema da fome mundial à pobreza, não ao consumo de carne (3). Também não considerou o vegetarianismo em massa como uma solução para aquele problema.
Todavia, o que realmente aconteceria, se a criação de animais fosse abandonada, a favor da agricultura em massa, ocasionada pela adesão da humanidade ao vegetarianismo?
Se um grande número de pessoas passar ao vegetarianismo, a demanda por carne nos Estados Unidos e Europa se declinaria, o suprimento de grãos aumentaria drasticamente, mas o poder aquisitivo das pessoas pobres (famélicas) na África e Ásia não mudaria em nada.
O resultado seria bem previsível: haveria um êxodo em massa das áreas de cultivo. Enquanto que, hoje, a quantidade total de grãos produzidos poderia alimentar 10 bilhões de pessoas, a quantia total de grãos produzidos neste mundo pós-carne provavelmente regrediria a cerca de 7 ou 8 bilhões. A tendência de os produtores venderem suas terras a criadores[1] e outros seria rapidamente acelerada (4).
Em outras palavras, haveria menos alimento disponível para o mundo comer. Adicionalmente, a monocultura de grãos e legumes, que é o que ocorreria, se a criação de animais fosse abandonada, e mundo produzisse exclusivamente alimento de origem vegetal para sua alimentação, o solo se exauriria rapidamente, e seria necessário o uso intensivo de fertilizantes artificiais, uma tonelada que requer dez toneladas de óleo bruto para produzir (5).
Tanto quanto o impacto em nosso ambiente, um olhar mais de perto revela o grande estrago que a plantação em massa e exclusiva faria. O produtor de laticínios orgânicos e pesquisador inglês Mark Purdey aponta sabiamente que, se “fosse para os sistemas agrícolas veganos ganharem posição no solo, então, o uso agroquímico, a erosão do solo, as culturas de rendimento, as paisagens de pradarias e a saúde debilitada cresceriam vertiginosamente” (6).
Ray Audette, autor de Neanderthin, concorda com esta visão:
Desde os tempos antigos, o fator mais destrutivo ao meio-ambiente tem sido a monocultura agrícola. A produção de trigo na antiga Suméria transformou planícies outrora férteis em salinas que permanecem estéreis, 5.000 anos depois. Assim como exaure tanto os recursos dos solos quanto os das águas, a monocultura agrícola também causa danos ambientais, por alterar o delicado equilíbrio dos ecossistemas naturais. A produção mundial de arroz, em 1993, por exemplo, provocou 155 milhões de caos de malária, por ocasionar áreas de procriação para mosquitos nos arrozais. O contato humano com patos presentes nestas plantações resultou em 500 milhões de casos de gripe no mesmo ano (7).
De qualquer forma, não há muita dúvida de que os métodos de produção comercial, se de plantas ou de animais, causam prejuízos ao ambiente. Com o uso intenso de agroquímicos, pesticidas, fertilizantes artificiais, hormônios, esteróides e antibióticos, comuns na agricultura moderna, necessita-se ser descoberta uma forma melhor de integrar criação animal com agricultura. Uma possível solução poderia ser o retorno à “produção mista”, descrita abaixo.
O consumidor instruído e o produtor esclarecido, juntos, podem promover um retorno da produção mista, onde o cultivo de frutos, verduras e grãos é combinado com a criação de animais e aves, de maneira eficiente, econômica e ecológica. Por exemplo, os frangos criados em regime aberto, em quintais, comendo insetos e pragas e fornecendo ovos de alta qualidade. Ovelhas pastejando em pomares, evitando o uso de herbicidas; e vacas pastando em bosques e outras áreas marginais, fornecendo leite puro, rico, tornando estas terras economicamente viáveis ao produtor. Não é o cultivo que leva à fome e à inanição, mas as práticas agrícolas imprudentes e os sistemas de distribuição monopolístico (8).
A “produção mista” é também mais saudável ao solo, que produz mais, se cuidado conforme as orientações tradicionais. Mark Purdey apontou com precisão que os campos de colheita em uma produção mista proverão até cinco safras ao ano; enquanto que um “mono-plantio”, uma ou duas (9). Qual produção está gerando mais alimento às pessoas no mundo? Purdey pontuou bem os horrores ecológicos da “produção em bateria” e vislumbrou soluções futuras, dizendo:
Nossas autoridades governamentais da área agrícola fariam muito bem em declarar ilegal a produção obcecada pelo lucro, usando unidades de confinamento animal, sistemas de bateria e burocracias do beef-burger, com todos os seus desperdícios, crueldade deplorável, sistema de chorume anti-ozônio, imunotoxicidade induzida por drogas e substâncias químicas, resultando em “doença da vaca louca” (vide mito nº 13) e salmonela, degradação das florestas tropicais etc. Nossa direção futura deve abraçar o meio alegre e saudável das produções mistas, ressuscitando o velho sistema tradicional extensivo como esquema básico e, então, reforçando a produtividade às demandas do dia de hoje pela incorporação de uma aplicação mais atualizada de ciência biológica nestes sistemas de produção (10).
Desta forma, não parece que a criação de animais, quando adequadamente executada, danifica o meio-ambiente. Também não parece que adotar o vegetarianismo ou depender da agricultura para suprir o mundo com alimento sejam idéias praticáveis ou ecologicamente sábias.
Mito nº 2: A vitamina B12 pode ser obtida de fontes de origem vegetal.
De todos os mitos, talvez este seja o mais perigoso. Enquanto lacto e ovo-lacto-vegetarianos possuem fontes de vitamina B12 em sua alimentação (de laticínios e ovos), veganos (vegetarianos plenos) não as possuem. Veganos que não suplementam sua alimentação com vitamina B12, mais adiante, desenvolverão anemia (um distúrbio de saúde fatal), bem como danos graves aos sistemas nervoso e digestivo. Muitos, senão todos os veganos, apresentam metabolismo debilitado de B12, e todos os estudos com grupos veganos demonstraram baixas concentrações de vitamina B12 na maioria dos indivíduos (11). Diversos estudos têm documentado carência de B12 em crianças veganas, freqüentemente com conseqüências terríveis (12). Adicionalmente, alegações são feitas na literatura vegana e vegetariana de que a B12 está presente em certas algas, no tempê (produto de soja fermentada) e no levedo de cerveja. Todos os casos não se tratam de vitamina B12, encontrada somente em alimentos de origem animal. Levedo de cerveja e outras leveduras nutricionais não contêm naturalmente B12. São sempre enriquecidos por uma fonte externa.
Não existe B12 real em fontes de origem vegetal, mas análogos a B12. São parecidos à verdadeira B12, mas não são exatamente o mesmo e, por causa disso, não são bio-disponível (13). Deve-se notar, neste ponto, que estes análogos à B12 podem comprometer a absorção da verdadeira vitamina B12 pelo corpo, devido à absorção competitiva, colocando veganos e vegetarianos que consomem grande quantidade de soja, algas e levedos a um risco maior de carência desta vitamina (14).
Algumas autoridades vegetarianas alegam que a B12 é produzida por certas bactérias fermentantes no intestino delgado. Isto pode ser verídico, mas é uma forma não aproveitável pelo corpo. A B12 necessita de fator intrínseco, localizado no estômago, para sua devida absorção, no íleo. Uma vez que o produto das bactérias não possui o fator intrínseco para se ligar a ele, não pode ser absorvido (15).
É verdade que veganos hindus, vivendo em certas partes da Índia, não sofrem de carência de vitamina B12. Isto levou alguns a concluírem que alimentos de origem vegetal fornecem, sim, esta vitamina. Esta conclusão, entretanto, é errônea, porquanto muitos insetos pequenos, suas fezes, ovos, larvas e/ou resíduos, são deixados nos alimentos de origem vegetal que estas pessoas consomem, por causa da abstinência do uso de pesticidas e por causa de métodos de limpeza ineficientes. Esta é a maneira como estas pessoas obtêm sua vitamina B12. Esta querela nasceu do fato de, quando hindus indianos veganos posteriormente migraram para a Inglaterra, eles contraírem anemia megaloblástica, poucos anos depois. Na Inglaterra, o suprimento de alimento é mais limpo, e os resíduos de insetos são completamente removidos dos alimentos de origem vegetal (16).
As únicas fontes confiáveis e assimiláveis de vitamina B12 são produtos de origem animal, principalmente carne de órgãos e ovos (17). Embora presente em menor quantidade do que em carne e ovos, laticínios contêm B12. Portanto, veganos deveriam considerar acrescentar laticínios em sua alimentação. Se estes não podem ser tolerados, ovos, preferencialmente do tipo caipira, passam a ser uma necessidade real.
Que a vitamina B12 pode ser obtida apenas de alimentos de origem animal é um dos mais fortes argumentos contra o veganismo ser uma forma “natural” de alimentação humana. Hoje em dia, veganos evitam anemia pela suplementação de vitaminas ou alimentos enriquecidos. Se estas mesmas pessoas tivessem vivido exatamente poucas décadas atrás, quando estes produtos não eram disponíveis, eles teriam morrido.
Mito nº 3: Nossas necessidades de vitamina D podem ser resolvidas com a luz solar.
Embora não um mito vegetariano em si, é amplamente difundida a crença de que pode-se satisfazer as necessidades de vitamina D simplesmente pela exposição da pele aos raios solares, por 15 a 20 minutos, algumas vezes na semana. Sempre existiram preocupações com carência de vitamina D em vegetarianos e veganos, uma vez que este nutriente, em sua forma complexa plena, é encontrado somente em gorduras animais (18), as quais veganos não consomem, e vegetarianos mais moderados o fazem apenas em quantidades limitadas, devido a sua alimentação isenta de carne.
É verdade que um número limitado de alimentos de origem vegetal, como alfafa, sementes de girassol e abacate contêm a forma vegetal da vitamina D (ergocalciferol ou vitamina D2). Embora a D2 possa ser usada para prevenção e tratamento do raquitismo em seres humanos, doença por carência de vitamina D, é questionável se esta forma é tão eficaz quanto a D3, de origem animal (colecalciferol). Alguns estudos mostraram que a D2 não é tão bem aproveitada quanto a D3 em animais (19), e clínicos relataram resultados frustrantes, usando a vitamina D2 para tratar distúrbios relacionados a carência de vitamina D (20).
Embora a vitamina D possa ser criada por nossos corpos, por ação da incidência de luz solar em nossa pele[2], é muito difícil obter quantia melhor possível de vitamina D por uma breve incursão ao sol. Há três faixas de radiação ultravioleta que são emitidas do Sol, chamadas A, B e C. Apenas a forma “B” é capaz de catalisar a conversão de colesterol em vitamina D em nossos corpos (21), e os raios UV-B estão presentes apenas em certos momentos do dia, em certas latitudes e em certos momentos do ano (22). Além do mais, dependendo da cor da pele, a obtenção de 200 a 400 IU de vitamina D a partir do Sol pode levar períodos tão longos quanto duas horas de exposição contínua (23). Portanto, um vegano de pele escura achará impossível obter a melhor quantidade possível de vitamina D, expondo-se ao Sol por 20 minutos, algumas vezes na semana, mesmo se o banho solar ocorrer durante aqueles períodos restritos do dia e do ano, quando os raios UV-B estão disponíveis.
A dose diária recomendada para a vitamina D é de 400 IU, mas a pesquisa referencial de Dr. Weston Price acerca de alimentação de nativos adultos saudáveis mostrou que o influxo diário de vitamina D (proveniente de alimentos de origem animal) era em torno de 10 vezes aquela quantia, ou 4.000 IU (24). Conseqüentemente, Dr. Price pôs grande ênfase na vitamina D, na alimentação. Sem esta vitamina, por exemplo, é impossível utilizar minerais como cálcio, fósforo e magnésio. Um estudo recente confirmou as recomendações de Dr. Price por quantias mais elevadas de vitamina D para adultos (24).
Uma vez que o raquitismo e/ou os índices de vitamina D foram bem documentados em relação a muitos vegetarianos e veganos (26), uma vez que gorduras animais ou faltam ou são deficientes na alimentação vegetariana (bem como na das populações ocidentais em geral que costumeiramente procuram cortar o consumo de gordura animal), uma vez que a luz solar é apenas uma fonte de vitamina D em determinados períodos de tempo e em certas latitudes, e uma vez que as recomendações nutricionais atuais para vitamina D são muito baixas, enfatiza-se a necessidade de haver fontes confiáveis e abundantes deste nutriente em nossa alimentação. Incluem-se nas boas fontes óleo de fígado de bacalhau, banha de porcos expostos à luz solar, camarão, salmão não criado em cativeiro, sardinhas, manteiga, laticínios integrais e ovos de galinhas alimentadas apropriadamente.
Mito nº 4: A necessidade do corpo por vitamina A pode ser inteiramente satisfeita pelo consumo de alimentos de origem vegetal.
A verdadeira vitamina A ou retinol e seus ésteres associados são encontrados apenas em gorduras animais e órgãos, como fígado (27). Plantas contêm betacaroteno, uma substância que o corpo pode converter em vitamina A, se determinadas condições forem satisfeitas (vide abaixo). Entretanto, betacaroteno não é vitamina A. É típico veganos e vegetarianos (assim como os escritores sobre nutrição mais populares) dizerem que alimentos de origem vegetal, como cenouras e espinafre, contêm vitamina A e que o betacaroteno é simplesmente tão bom quanto aquela vitamina. Estas coisas não são verdadeiras, muito embora o betacaroteno seja um fator nutricional importante para os seres humanos.
A conversão de caroteno em vitamina A nos intestinos somente pode ocorrer com a presença de sais biliares. Isto significa que deve ser comida gordura junto com os carotenos, para estimular a secreção de bile. Adicionalmente, crianças e portadores de hipotireoidismo, problemas de vesícula biliar ou diabetes (somados estes quadros, representam uma parcela significativa da população) ou não podem realizar a conversão ou a fazem muito precariamente. Por último, a conversão realizada pelo corpo de caroteno em vitamina A não é muito eficiente: a grosso modo, utilizam-se 6 unidades de caroteno para fazer uma unidade de vitamina A. Isto significa que uma batata-doce (contendo cerca de 25.000 unidades de betacaroteno) proverá apenas aproximadamente 4.000 unidades de vitamina A (supondo que você a comeu junto com gordura, que você não é diabético, não é uma criança e não tem problema na tiróide ou na vesícula biliar) (28).
Portanto, depender de fontes de origem vegetal para a vitamina A não é uma idéia prudente. Isto fornece mais uma razão para se incluírem alimentos de origem animal e gorduras em nossa alimentação. A manteiga e laticínios integrais, principalmente os feitos com leite de vacas criadas em pastos, são boas fontes de vitamina A, assim como o óleo de fígado de bacalhau. A vitamina A é indispensável em nossa alimentação, porquanto possibilita o corpo a usar proteínas e minerais, assegura visão perfeita, melhora o sistema imunológico, possibilita a reprodução e combate infecções (29). Assim como para o caso da vitamina D, Dr. Price descobriu que a alimentação de pessoas saudáveis, com hábitos alimentares primitivos, fornecia quantias substanciais de vitamina A, novamente enfatizando a grande necessidade que os seres humanos possuem por este nutriente, para manutenção da melhor condição de saúde possível, agora e no futuro.
Mito nº 5: O consumo de carne causa osteoporose, doenças renais, doenças cardíacas e câncer.
Costumeiramente, veganos e vegetarianos tentam assustar as pessoas para que evitem alimentos de origem animal e gorduras, alegando que alimentação vegetariana promove proteção contra determinadas doenças crônicas, como as listadas acima. Entretanto, tais alegações são difíceis de serem conciliadas com fatos históricos e antropológicos. Todas as enfermidades mencionadas são, primordialmente, ocorrências do século XX, embora as pessoas consumam carne e gordura animal por muitos milhares de anos. Ademais, como mostrou a pesquisa de Dr. Price, existiram e existem diversos povos nativos ao redor do mundo (inuítes, maasais, suíços etc.), cuja alimentação tradicional era/é muito rica em produtos de origem animal, mas que, todavia, não sofriam e não sofrem dos males supramencionados (30). Os estudos independentes do Dr. George Mann sobre os maasais, realizado muitos anos após os de Dr. Price, confirmou o fato de que aquele povo, a despeito de ser constituído quase exclusivamente de pessoas que se alimentam de carne, apresentavam pequena ou nenhuma incidência de doenças cardíacas ou enfermidades crônicas (31). Isto prova que outros fatores, que não alimentos de origem animal, causam estas doenças.
Diversos estudos supostamente mostraram que o consumo de carne é a causa de várias enfermidades, mas tais estudos, avaliados de maneira idônea, não revelam tal coisa, como mostra o seguinte.
Osteoporose
A pesquisa do Dr. Herta Spencer sobre a ingestão de proteína e perda óssea mostrou que o consumo protêico, na forma de carne real, não apresenta impacto na densidade dos ossos. Estudos que supostamente provaram que consumo excessivo de proteína redundava em maior perda óssea não foram realizados com carne de verdade, mas com pós de proteínas fracionadas e aminoácidos isolados (32). Estudos recentes também mostraram que aumento da ingestão de proteína animal contribuía para maior densidade óssea em homens e mulheres (33). Todavia, alguns estudos atuais sobre alimentação vegana e vegetariana indicaram que esta predispõe mulheres a osteoporose (34).
Doenças renais
Embora uma alimentação com restrições a proteínas seja útil para pessoas com doenças renais, não há evidências de que consumir carne cause tais doenças (35). Vegetarianos também, tipicamente, alegam que proteína animal causa acidose[3], resultando em lixiviação do cálcio dos ossos e, por conseguinte, maior tendência a cálculos renais. Entretanto, esta opinião é falsa. Teoricamente, o enxofre e o fósforo, presentes na carne, podem formar ácido, quando depositados na água, mas isto não significa que é isso que acontece dentro do corpo. Na verdade, a carne contém proteínas e vitamina D completas (se a pele e a gordura são consumidas), ambas auxiliando a manter o equilíbrio de pH da corrente sangüínea. Ademais, se alguém pratica uma alimentação que inclua magnésio e vitamina B6 o suficiente e restringe o uso de açúcar refinado, tem pouco a temer de cálculos renais, comendo ou não carne (36). Alimentos de origem animal, como carne bovina, suína e carne de peixe e de carneiro são boas fontes de magnésio e de e B6, como nenhum outro alimento. Qualquer tabela nutricional pode mostrar isto.
Doenças cardíacas
É popular a crença de que proteína animal participa das causas de doenças cardíacas, mas é destituída de fundamentação na ciência nutricional. Afora de estudos questionáveis, há poucos dados para sustentar a idéia de que o consumo de carne leva àquele tipo de enfermidades. Por exemplo, os franceses possuem uma das mais altas taxas per capita de consumo de carne e apresentam baixas taxas de doenças cardíacas. Na Grécia, o consumo de carne é maior do que a média, mas as taxas de doenças cardíacas também são baixas naquele país. Por fim, na Espanha, um aumento no consumo de carne (juntamente com a redução da ingestão de açúcar e carboidrato) ocasionou declínio nas doenças cardíacas (37).
Câncer
A crença de que a carne, especialmente a vermelha, é uma das causas de câncer, bem como de doenças cardíacas, é uma concepção popular que não possui embasamento nos fatos. Embora seja verdade que alguns estudos mostraram relação entre o consumo de carne e alguns tipos de câncer (38), é importante examinar cuidadosamente os estudos para se determinar qual tipo de carne foi analisada, assim como os métodos de preparação empregados. Como, em inglês, temos apenas a palavra “carne”, freqüentemente é difícil de saber qual “carne” está sendo debatida em um estudo, a não ser que seus autores a especifiquem.
O estudo que deflagrou a teoria carne = câncer foi realizado por Dr. Ernst Wynder, durante a década dos anos de 1970. Wynder alegou que existia uma conexão direta, causal, entre ingestão de gordura animal e incidência de câncer de cólon (39). Seus dados acerca de “gorduras animais” eram, na verdade, acerca de gorduras vegetais (40). Em outras palavras, a teoria carne = câncer está baseada em um estudo falso.
Se alguém examinar atentamente a pesquisa, rapidamente perceberá que são as carnes processadas, como frios e salsichas, que geralmente estão implicadas em causa de câncer (41) e não a carne em si. Além do mais, os métodos de cozimento parecem merecer consideração no tocante a a carne se tornar ou não carcinogênica (42). Em outras palavras, adicionaram-se substâncias químicas à carne, e escolheram-se métodos de cozimento que deixam a desejar; não a carne em si.
No final, embora a conexão entre carne e câncer foi descoberta, o mecanismo real de como isso acontece enganou os cientistas (43). Isto significa que, possivelmente, outros fatores que não a carne participam ativamente em alguns casos de câncer. Lembre-se: estudos científicos de pessoas que tradicionalmente consomem carne mostram que elas apresentam muito pouca incidência de câncer. Isto demonstra que outros fatores são atuantes, quando o câncer surge em um consumidor de carne nestes tempos modernos. Não é cientificamente justo acusar somente um fator alimentar, enquanto ignoram-se outros candidatos mais prováveis.
Deve-se notar, neste ponto, que os adventistas do Sétimo Dia são costumeiramente estudados em análise populacional para se provar que uma alimentação vegetariana é mais saudável e está relacionada a menor risco de câncer (vide parágrafo posterior, nesta seção). Ao mesmo tempo em que é verdade que a maioria dos membros desta denominação cristã não consome carne, eles também não fumam ou ingerem bebida alcoólica, café ou chá, todos estes sendo provavelmente fatores que promovem câncer (44).
Os mórmons são um grupo religioso frequentemente negligenciado pelos estudos vegetarianos. Embora sua Igreja estimule a moderação, os mórmons não se abstêm de carne. Assim como os adventistas, os mórmons evitam tabaco, álcool e cafeína. Não obstante serem pessoas que se alimentam de carne, um estudo sobre os mórmons de Utah mostrou que eles tinham taxa de incidência de câncer 22% menor do que a geral e uma taxa 34% menor de mortalidade devido a câncer de cólon de que a média dos EUA (45). Um estudo realizado com porto-riquenhos, que consomem grande quantidade de carne suína, relevou taxas muito baixas de câncer de cólon e de mama (46). Resultados similares podem servir de exemplo para demonstrar que o consumo de carne e de gordura animal não está relacionado com câncer (47). Obviamente, outros fatores são atuantes.
Comumente, alega-se que vegetarianos apresentam taxas de câncer mais baixas do que a das pessoas que se alimentam de carne, mas um estudo de 1994 sobre adventistas vegetarianos da Igreja do Sétimo Dia, na Califórnia, mostrou que, enquanto apresentavam taxas menores para alguns tipos de cânceres (por exemplo, de mama e de pulmão), apresentavam taxas maiores de diversos outros (doença de Hodgkin, melanoma maligno; de cérebro, pele, de útero, de próstata; endometrial, cervical e ovariano), alguns, de forma significativa. Naquele estudo, seus autores admitiram que:
Todavia, o consumo de carne não está relacionado a maior risco [de câncer].
E que:
No geral, não foi observada associação significante entre câncer de mama e alto consumo de gorduras animais ou produtos de origem animal. (48)
Ademais, costuma-se alegar que alimentação rica em alimentos de origem vegetal, como grãos integrais e legumes, reduz o risco de câncer, mas pesquisa analisando o século passado demonstra que uma alimentação com base em carboidratos é a principal instigadora de câncer, não a alimentação baseada em alimentos de origem animal minimamente processados (49).
A ação predominante da propaganda midiática sobre saúde e vegetarianismo realizou um trabalho eficiente de “surrar a carne”, a ponto de a maioria das pessoas chegar a pensar que não existe nada de saudável quanto à carne, principalmente a vermelha. Todavia, na verdade, alimento de carne, como bovina e de carneiro, são fontes excelentes de uma variedade de nutrientes, como qualquer tabela nutricional pode mostrar. Nutrientes, como vitaminas A, D, diversas do complexo B, ácidos graxos essenciais (em pequenas quantias), magnésio, zinco, fósforo, potássio, ferro, taurina e selênio são abundantes nas carnes bovina, de carneiro, de porco, de peixe, nos frutos do mar e na carne de aves. Fatores nutricionais, como coenzima Q10, carnitina e ácido alfa-lipóico também estão presentes. Alguns destes nutrientes são encontrados somente em alimentos de origem animal. As plantas não os fornecem.
Mito nº 6: As gorduras saturadas e o colesterol consumido causam doenças cardíacas, aterosclerose e/ou câncer. Alimentação com baixo teor de gordura e de colesterol é a mais saudável para as pessoas.
Este, também, não é um mito específico do vegetarianismo. Entretanto, as pessoas são freqüentemente instigadas a aderir à alimentação vegetariana ou vegana, porque se acredita que tal alimentação oferece proteção contra doenças cardíacas e câncer, uma vez que ela provém menor quantidade, ou abstinência, de alimentos de origem animal e gorduras animais.
Embora seja muito comum se acreditar que gorduras saturadas e o colesterol consumido “entupam artérias” e causem doenças cardíacas, tais idéias provaram-se falsas por cientistas como Linus Pauling, Russell Smith, George Mann, John Yudkin, Abram Hoffer, Mary Enig, Uffe Ravnskov e outros pesquisadores proeminentes (50). Ao contrário, estudos mostraram que placa arterial é, primordialmente, composta de gorduras insaturadas, principalmente as poli-insaturadas, e não de saturadas, vindas de animais, da palma ou do coco (51).
Ácidos trans-graxos, em oposto às gorduras saturadas, provaram-se, por pesquisadores como Enig, Mann e Fred Kummerow, serem fatores causais de aterosclerose acelerada, doenças cardíacas coronárias, câncer e outras enfermidades (52). Ácidos trans-graxos são encontrados em alimentos modernos, como margarina, gordura vegetal e alimentos feitos com elas[4]. Enig e seus colegas também mostraram que a ingestão excessiva de ácido graxo poli-insaturado ômega-6[5], proveniente de óleos vegetais refinados, é um dos maiores culpados por detrás de câncer e doenças cardíacas; não as gorduras animais.
Em estudo recente com milhares de mulheres suecas, sustentaram-se as conclusões e dados de Enig, mostrando inexistir correlação entre consumo de gordura saturada e aumento de risco de câncer de mama. Entretanto, o estudo, sim, mostrou, como o fez os trabalhos Enig, forte ligação entre o uso de óleos vegetais e maior incidência de câncer de mama (53).
Os principais estudos populacionais que supostamente comprovam a teoria de que gorduras animais e colesterol causam doenças cardíacas, na verdade, não se manteriam, se sob uma inspeção mais minuciosa. O Estudo Cardíaco de Framingham é freqüentemente mencionado como prova de que a ingestão de colesterol e gordura saturada causa doenças cardíacas e debilitação da saúde. Este estudo, realizado com 6.000 pessoas, comparou dois grupos, durante muitos anos, em intervalos de cinco anos. Um grupo consumiu pouco colesterol e gordura saturada; enquanto o outro, alta quantia. Surpreendentemente, Dr. William Castelli, o diretor do estudo, disse:
Em Framingham, Massachusetts, quanto mais gordura saturada consumida, quanto mais colesterol consumido, quanto mais calorias consumidas, menor o colesterol sérico… descobrimos que as pessoas que mais se alimentaram de colesterol, mais de gordura saturada e de mais calorias apresentaram menor peso e eram as mais ativas fisicamente. (54)
Os dados de Framingham mostraram que os voluntários com maiores índice de colesterol e maior peso corriam risco levemente maior de doenças cardíacas coronárias. Mas o ganho de peso e o colesterol sérico apresentavam relação inversa com a ingestão de gordura e colesterol. Em outras palavras, não houve relação alguma (55).
Na mesma linha, o US Multiple Risk Factor Intervention Trial patrocinou o National Heart and Lung Institute e comparou as taxas de mortalidade e hábitos alimentares de mais de 12.000 homens. Os que consumiram menos gordura saturada e colesterol mostraram uma taxa levemente menor de doenças cardíacas, mas apresentaram uma taxa de mortalidade, no todo, muito maior do que a dos demais homens do estudo (56).
Alimentação com baixo teor de gorduras e colesterol, portanto, não é saudável às pessoas. Estudos mostraram reiteradamente que tal alimentação está relacionada a depressão, câncer, distúrbios psicológicos, fadiga, violência e suicídio (57). Mulheres com baixo colesterol sérico vivem menos do que mulheres com maior (58). O mesmo se deu no caso dos homens (59).
Crianças com alimentação com baixo teor de gorduras e/ou veganas podem sofrer de problemas de crescimento, subdesenvolvimento e transtornos de aprendizagem (60). Apesar disto, Dr. Benjamin Spock recomendou ao American Heart Association alimentação com baixo teor de gorduras para as crianças! Há que somente lamentar-se pelos jovens desafortunados, que serão criados por pais ignorantes, levados por tamanha má informação genocida.
Existem muitos benefícios à saúde pelas gorduras saturadas, dependendo da gordura em questão. Óleo de coco, por exemplo, é rico em ácido láurico, uma poderosa substância anti-fúngica e anti-microbial. O coco também contém quantia apreciável de ácido caprílico, outro anti-fúngico eficiente (61). Manteiga de vacas criadas em pasto é rica em minerais-traço, especialmente selênio, bem como em todas as vitaminas lipossolúveis e ácidos graxos benéficos que protegem contra câncer e infecções fúngicas (62).
De fato, o corpo necessita de gorduras saturadas, para utilizar apropriadamente ácidos graxos. (63). Gorduras saturadas também reduzem os índices sangüíneos de lipoproteína (a), danosa aos vasos sangüíneos (64). São necessárias para utilização devida do cálcio para os ossos (65). Estimulam o sistema imunológico (66). São o alimento preferido do coração e órgãos vitais (67). E, junto com o colesterol, acrescenta estabilidade estrutural às células e parede intestinal (68). São excelentes para cozinhar, uma vez que são quimicamente estáveis e não se degradam pelo calor, diferentemente do caso dos óleos vegetais poli-insaturados. Demovê-las da alimentação, portanto, não é recomendado.
Em relação à aterosclerose, sempre se alega que vegetarianos possuem taxas muito menores deste problema do que as das pessoas que se alimentam de carne. Entretanto, o International Atherosclerosis Project, de 1968, que examinou mais de 20.000 cadáveres de diversos países, concluiu que vegetarianos possuíam exatamente tanto aterosclerose quanto pessoas que se alimentam de carne (69). Outros estudos populacionais revelaram dados similares. (70) Isto se deve pelo fato de aterosclerose não ser, em grande parte, relacionada à alimentação. É conseqüência do envelhecimento. Existem coisas que podem acelerar o processo aterosclerótico, devido a danos excessivos por radicais livres às artérias, por causa de exaurimento de antioxidantes (causado por coisas como fumo, alimentação precária, excesso de ácidos graxos poli-insaturados na alimentação, diversas carências nutricionais, remédios etc.), mas isto é diferente do estriamento das gorduras e enrijecimento das artérias que ocorrme com todas as pessoas, com o decorrer do tempo.
Também não parece que alimentação vegetariana protege contra doenças cardíacas. Um estudo sobre veganos, em 1970, mostrou que mulheres veganas possuíam maiores taxas de mortalidade por doenças cardíacas do que suas contrapartes não vegetarianas (71). Um estudo recente mostrou que os indianos, a despeito de serem vegetarianos, apresentam taxas elevadas de doenças arteriais coronárias (72). Alimentação com baixo teor de gorduras e alto teor de carboidrato (o que é o caso da alimentação vegetariana) também pode trazer risco maior de doenças cardíacas, diabetes e câncer, devido a efeitos hiperinsulinêmicos no corpo (73). Estudos recentes também mostraram que vegetarianos possuem maior índice de homocisteína no sangue (74). A homocisteína é uma causa conhecida de doenças cardíacas. Finalmente, alimentação com baixo teor de gordura/colesterol, geralmente preferida para prevenir ou tratar de doenças cardíacas, não atende a nenhum dos dois objetivos e pode, na verdade, aumentar determinados fatores de risco deste problema (75).
Estudos que chegaram à conclusão de que vegetarianos correm menor risco de doenças cardíacas são tipicamente baseados em marcadores falsos de menor ingestão de gordura saturada, menor índice de colesterol sérico e taxas de HDL/LDL. Como vegetarianos tendem a comer menos gordura saturada e geralmente possuem menor índice de colesterol sérico, concluiu-se que estão em menor risco de doenças cardíacas. Tão logo se perceba que estas medições não são preditores precisos de inclinação a doenças cardíacas, a suposta proteção do vegetarianismo desfazer-se-á (76).
Sempre deve ser lembrado que uma série de coisas influencia uma pessoa a desenvolver doenças cardíacas ou câncer. Ao invés de se focar em afirmações fraudulentas sobre gordura saturada, colesterol ingerido e consumo de carne, as pessoas deveriam prestar mais atenção a outros fatores mais realistas, como ácidos trans-graxos, ingestão excessiva de gordura poli-insaturada, de açúcar e de carboidrato, fumar, carência de determinadas vitaminas e minerais e obesidade. Estas coisas todas permaneceram conspicuamente ausentes nos povos tradicionais saudáveis que Dr. Price estudou.
Mito nº 7: Vegetarianos vivem mais tempo e possuem mais energia e resistência do que pessoas que se alimentam de carne.
Em um livro de orientações vegetariano, publicado na Grã Bretanha, havia a seguinte alegação:
Você e seus filhos não devem comer carne para permanecerem saudáveis. Com efeito, os vegetarianos afirmam que estão entre as pessoas mais saudáveis do mundo e podem ter expectativa de vida de nove anos a mais do que pessoas que se alimentam de carne (isto porque, comumente, doenças cardíacas e vasculares são mais raras). Atualmente, quase metade da população na Bretanha procura evitar carne, de acordo com uma pesquisa da Food Research Association, em janeiro de 1990. (77)
Comentando sobre esta alegação de maior duração de vida, o autor Craig Fitzroy perspicazmente salienta que:
O “benefício dos nove anos” é repetido com freqüência, mas se trata, invariavelmente, de indício causal sem qualquer fonte de informação confiável por parte do vegetarianismo. Todavia, qualquer um que acredite que, desprezando o assado dominical da mamãe, acrescerá uma década em sua vida neste planeta está, quase com certeza, rendendo-se a um desejo um tanto impossível de ser realizado. (78)
E é isto o que muitas das alegações sobre aumento de longevidade dos vegetarianos são: boato. Não há prova de que uma alimentação vegetariana saudável, comparada a uma alimentação onívora saudável, resulte em vida maior. Ademais, pessoas que optam por um estilo de vida vegetariano também escolhem, tipicamente, não fumarem, exercitarem-se. Em resumo, viver um estilo de vida mais saudável. Estas coisas também influenciam na longevidade de alguém.
Na literatura científica, existem surpreendentemente poucos estudos realizados a respeito da longevidade de vegetarianos. O PhD Russell Smith, em sua grandiosa revisão de estudos sobre doenças cardíacas, mostrou que, quanto maior o consumo de produto de origem animal entre alguns grupos de estudo, menor a taxa de mortalidade! (79). Tais resultados não foram obtidos entre pessoas vegetarianas estudadas. Por exemplo, em um estudo publicado por Burr e Sweetnam, em 1982, sobre análise de dados a respeito de mortalidade, revelou-se que, embora vegetarianos possuíssem uma taxa ligeiramente menor (0,11%) de doenças cardíacas, em relação à dos não vegetarianos, a taxa de mortandade, considerando-se todas as causas, era muito maior, no caso dos vegetarianos (80).
Não obstante as alegações mostradas em estudos que o consumo de carne aumentou o risco de doenças cardíacas e reduziu o tempo de vida, os autores destes estudos, na verdade, encontraram o oposto. Por exemplo, em uma análise, em 1984, de um estudo de 1978 dos adventistas vegetarianos do Sétimo Dia, H. A. Kahn concluiu:
Embora nossos resultados acrescentem alguns fatos substanciais à questão das doenças relacionadas à alimentação, reconhecemos quão distantes eles estão, por exemplo, de estabelecer que homens que consomem carne freqüentemente ou mulheres que raramente comem salada estejam, destarte, encurtando suas vidas. (81)
D.A. Snowden chegou em uma conclusão similar (82). Não obstante estas admissões estarrecedoras, os estudos concluíram, por algum motivo, o exato oposto e aconselharam as pessoas a reduzirem a presença de alimentos de origem animal em sua alimentação.
Ademais, ambos os estudos lançam mão de certos dados alimentares que claramente não mostraram conexão entre ovos, queijo, leite integral, gordura presente na carne (todos alimentos ricos em gordura e colesterol) e doenças cardíacas. Comentou Dr. Smith:
Em vigor, o estudo de Kahn [e Snowden] é mais outro exemplo de resultados negativos que são manipulados e incorretamente interpretados para sustentar afirmações politicamente corretas de que vegetarianos vivem mais. (83)
Geralmente, afirma-se que pessoas que consomem carne possuem tempo de vida menor, mas os aborígenes da Austrália, que tradicionalmente consomem grande quantidade de produtos de origem animal, são famosos por sua longevidade (ao menos, antes da colonização pelos europeus). Na sociedade aborígene, existe uma casta especial dos anciãos (84). Obviamente, se não houvesse pessoas idosas, tal grupo não existiria. Em seu livro Nutrition and Physical Degeneration, Dr. Price apresenta inúmeras fotografias de pessoas nativas anciãs do mundo todo. Exploradores como Vilhjalmur Stefansson relataram grande longevidade entre os inuítes (novamente, antes da colonização) (85).
Igualmente, os russos das montanhas do Cáucaso vivem até idade muito avançada, sob alimentação com carne de porco gordurosa e derivados de leite cru[6]. Os hunzas, também conhecidos por sua saúde vigorosa e longevidade, consomem porções substanciais de leite de cabra que possui teor de gordura saturada maior do que o de leite de vaca (86). Em contrapartida, de forma predominante, os vegetarianos hindus da região sul da Índia possuem o menor tempo de duração de vida do mundo, em parte devido a falta de alimentação, mas também por causa de carência específica de proteína animal em sua alimentação (87). Os comentários de Leon Abrams elucidam:
Vegetarianos comumente sustentam que uma alimentação de carne e gordura animal leva a morte precoce. Os dados antropológicos de sociedades primitivas não corroboram tais alegações. (88)
Em relação à resistência e níveis de energia, Dr. Price viajou ao redor do mundo, durante as décadas dos anos 1920 e 1930, investigando alimentação nativa. Sem qualquer exceção, ele encontrou forte correlação entre alimentação rica em gorduras animais, saúde vigorosa e habilidade atlética. Incluíam-se nos alimentos especiais para atletas suíços, por exemplo, tigelas de nata fresca e crua. Na África, Dr. Price descobriu que grupos, cuja alimentação era rica em carnes gordurosas e peixe, como fígado, regularmente ganhavam os prêmios em competições atléticas e que tribos que consumiam carne sempre dominavam tribos cuja alimentação era, em grande medida, vegetariana. (89)
É popular em nutrição esportiva recomendar-se o “carregamento de carboidrato” para atletas aumentarem seus níveis de resistência. Entretanto, estudos recentes realizados em Nova Iorque e África do Sul mostraram que o oposto é verdadeiro: atletas que faziam o “carregamento de carboidrato” possuíam resistência significativamente menor do que os que faziam o “carregamento de gordura” antes de eventos atléticos (90).
Mito nº 8: A alimentação do “homem das cavernas” era com baixo teor de gordura e/ou vegetariana. Seres humanos se evoluíram como vegetarianos.
Nossos ancestrais paleolíticos eram caçadores-coletores, e três escolas de pensamento desenvolveram-se conforme o que era sua alimentação. Um grupo defende alimentação com alto teor de gordura e se embasa em produtos de origem animal, suplementada com frutas de estação, bagas, castanhas, raízes comestíveis e gramíneas silvestres. A segunda argumenta que povos primitivos consumiam sortimento de carnes magras e grande quantidade de alimentos de origem vegetal. O terceiro advoga que nossos ancestrais se evoluíram como vegetarianos.
A abordagem da alimentação paleolítica “sem gordura” foi defendida de forma muito voraz pelos doutores Loren Cordain e Boyd Eaton, em diversas publicações populares e profissionais (91). Cordain e Eaton crêem na Hipótese Lipídica das doenças cardíacas, a crença (derrotada no mito número seis, acima) de que gordura saturada e colesterol consumido fazem parte das causas de doenças cardíacas. Por causa disto e pelo fato de que povos paleolíticos e seus equivalentes modernos não sofriam / não sofrem de doenças cardíacas, Cordain e Eaton adotaram a teoria de que os povos paleolíticos consumiam a maior parte de suas calorias de gordura de fontes mono-insaturadas e poli-insaturadas, ao invés de gorduras saturadas. Acreditando que gorduras saturadas são perigosas para nossas artérias, Cordain e Eaton não arredaram o pé do pensamento nutricional atualmente estabelecido e estimulam populações modernas a consumirem uma alimentação semelhante à de nossos ancestrais. Esta alimentação, crêem, era rica em carnes magras e em uma variedade de vegetais, mas pobre em gordura saturada. Entretanto, as evidências que eles apresentam para sustentar esta teoria são muito seletivas e capciosas (92). Gorduras saturadas não causam doenças cardíacas, como mostrado acima, e nossos ancestrais paleolíticos consumiam um bom tanto de gordura saturada de uma variedade de plantas e de fontes de origem animal.
De fontes abalizadas, sabemos que humanos pré-históricos do continente norte-americano consumiam animais como mamute, camelo, preguiça terrestre, bisão, carneiro montanhês, antilocabra, castor, alce, gazela e lhama (93). “Mamute, preguiça terrestre, carneiro montanhês, bisão e castores são animais com teor de gordura, na acepção moderna de que possuem uma camada delgada de gordura subcutânea, da mesma maneira que muitas espécies de ursos e porcos selvagens, cujos restos mortais foram encontrados nos sítios paleolíticos ao longo de todo o mundo” (94). Análise de muitos tipos de gordura de animais selvagens como antílope, bisão, caribu, cão, alce, alce americano, foca e carneiro montanhês mostra que eles são ricos em gorduras saturadas e mono-insaturadas, mas relativamente pobres em poli-insaturadas (95).
Ademais, ao mesmo tempo em que búfalo e animais selvagens podem prover carnes de músculo magro e não-estriado, é um erro assumir que apenas estas partes destes aniamais eram consumidas pelos grupos de caçadores-coletores, como os americanos nativos que freqüentemente caçavam animais, de acordo com sua gordura e órgãos com gordura, como mostrará a seção seguinte.
Antropologistas/exploradores como Vilhjalmur Stefansson relataram que os inuítes e tribos indígenas norte-americanas se preocupavam, quando suas presas de caribu eram muito magras: eles sabiam que poderiam se suceder doenças, se não consumissem gordura suficiente (96). Em outras palavras, estes povos primitivos não gostavam de comer carne magra.
Indígenas da região norte do Canadá também caçavam deliberadamente caribus e alces mais velhos, porque esses animais portavam uma placa de mais de 22 quilos de gordura dorsal que os índios comiam com gosto. Esta “gordura dorsal” é altamente saturada. Nativos norte-americanos se abstinham de caçar bisões durante o verão (quando os depósitos de gordura nos animais estão baixos, devido a escassez de suprimento de comida durante o inverno), preferindo caçar, matar e consumi-los no outono, quando estavam mais gordos (97).
O explorador Samuel Hearne, escrevendo em 1768, descreveu como as tribos nativas norte-americanas com quem entrara em contato caçavam seletivamente caribus, de acordo precisamente por suas partes com gordura:
Aos vinte e dois do mês de julho, encontramos diversos forasteiros, que nos acompanharam na perseguição dos caribus, os quais estavam, naquela época, tão abundantes que, todos os dias, conseguíamos número suficiente para nosso sustento e, deveras, mui amiúde, matávamos muitos, meramente por suas línguas, tutano e gordura (98).
Enquanto Cordain e Eaton estão certamente corretos ao dizerem que nossos ancestrais consumiam carne, suas alegações acerca da ingestão de gordura, bem como do tipo de gordura consumida, estão simplesmente incorretas.
Ao mesmo tempo em que muitas autoridades vegetarianas e veganas gostam de pensar que evoluímo-nos como espécie sob alimentação vegana ou vegetariana, pouco há, no domínio da antropologia nutricional, para sustentar estas idéias.
Para início de conversa, em suas expedições, Dr. Price jamais encontrara uma cultura totalmente vegetariana. Deve ser lembrado que Dr. Price visitou e investigou diversos grupos populacionais que eram, para todos os efeitos, os equivalentes, no século XX, de nossos ancestrais caçadores-coletores. Dr. Price estava em busca de uma cultura vegetariana, mas voltou de mãos vazias. Price declarou:
Até o momento, não encontrei um grupo étnico sequer que construa e mantenha corpos excelentes, vivendo inteiramente de alimentos de origem vegetal (99).
Os dados antropológicos corroboram isto: ao longo do globo terrestre, todas as sociedades apresentam preferência por alimentos de origem animal e gorduras, e nossos ancestrais apenas se tornaram produtores agrícolas em grande escala, quando tiveram de sê-lo, devido a aumento de pressões populacionais (100). Abrams e outras autoridades mostraram que a busca do homem pré-histórico por mais alimentos de origem animal foi o que incitou sua expansão pela Terra, e que ele, ao que tudo indica, caçou determinadas espécies em extinção (101).
Price também descobriu que estes povos que, em caso de necessidade, consumiam mais grãos e legumes, possuíam taxas de cáries dentárias maiores do que às daqueles que consumiam mais produtos de origem animal. Em seus escritos a respeito do vegetarianismo, Abrams apresenta evidências arqueológicas que sustentam esta descoberta: crânios de povos antigos que eram, em grande parte, vegetarianos, com dentes contendo cáries e abscessos, bem como mostra evidências de tuberculoses e outras doenças infecciosas (102). O aparecimento do plantio e o aumento da dependência a alimentos de origem vegetal para nossa subsistência foram claramente prejudiciais para nossa saúde.
Por fim, é simplesmente impossível nossos ancestrais pré-históricos terem sido vegetarianos, porque não seriam capazes de obter calorias ou nutrientes suficientes para sobreviverem com os alimentos de origem vegetal disponíveis, porque os seres humanos não sabiam como cozinhar ou manipular o fogo naqueles tempos, e a grande maioria dos alimentos de origem vegetal, principalmente grãos e legumes, precisa ser cozida, para se tornar comestível aos seres humanos (103). Muitas pessoas não sabem que muitos dos alimentos de origem vegetal que consumimos são atualmente venenosos em seu estado cru (104).
Baseando-se em todas estas evidências, é certo que nossos ancestrais, os genitores[7] da humanidade, consumiam deveras uma alimentação não vegetariana, rica em ácidos graxos saturados.
Mito nº 9: Consumo de carne e gordura saturada cresceu no século XX, com correspondente aumento de doenças cardíacas e câncer.
As estatísticas são sustentam tais fantasias. O consumo de manteiga declinou, de 18 libras (8,165 kg) por pessoa ao ano, em 1900, para menos de 5 libras (2,27 kg) por pessoa ao ano, nos dias de hoje (105). Ademais, os ocidentais, instigados pelas agências governamentais de saúde, reduziram seu consumo de ovos, nata, banha e carne suína. O consumo de carne de frango se elevou nas últimas poucas décadas, mas a carne de frango contém menor quantidade de gordura saturada do que a carne bovina ou suína.
Ainda, uma pesquisa sobre livros de culinária publicados nos Estados Unidos, no último século, mostrou que as pessoas dos tempos mais antigos consumiam grande quantia de alimentos de origem animal e gorduras saturadas. Por exemplo, no Baptist Ladies Cook Book (Monmouth, Illinois, 1895), praticamente em todas as receitas havia manteiga, nata e banha. Receitas para vegetais com creme de nata também eram numerosas. Um exame do Searchlight Recipe Book (Capper Publications, 1931) também apresenta receitas semelhantes: fígado com creme de nata, pepino com creme de nata, corações cozidos com creme de leite etc. Judeus ingleses, conforme o Jewish Housewives Cookbook (London, 1846), também possuíam alimentação rica em nata, manteiga, ovos e sebo de boi e de cordeiro. Em uma receita de waffles alemães, por exemplo, havia dúzias de gemas de ovos e mais de 450g de manteiga. Em uma receita de torta de ostra do Baptist cookbook, havia um litro de nata e uma dúzia de ovos. E assim por diante.
Não parece, então, que as pessoas consumiam alimentação com menos gordura no último século. É verdade que o consumo de carne bovina se elevou nas últimas décadas; todavia, o que também se elevou, de maneira abrupta, foi o consumo de margarina e outros produtos contendo ácidos trans-graxos[8] (106), alimentos destituídos de vida, “alimentos” embalados, óleos vegetais processados[9] (107), carboidratos (108) e açúcar refinado (109). Como não são encontradas doenças crônicas, como câncer e enfermidades cardíacas, em povos nativos que se alimentam de carne bovina, como os maasais e samburus, não é possível ser o consumo desta carne o culpado por detrás destas epidemias modernas. Certamente, isto desvia o dedo acusatório, de forma honesta, para outros fatores nutricionais como as causas mais prováveis.
Mito nº 10: Produtos de soja são substitutos apropriados para carne e laticínios.
É comum veganos e vegetarianos ocidentais confiarem em diversos produtos de soja para suas necessidades protêicas. Há pouca dúvida de que a indústria bilionária da soja lucrou imensamente, desde a doutrinação anti-colesterol e anti-carne do pensamento nutricional vigente. Levando em consideração que, não muito tempo atrás, a soja era um alimento asiático primordialmente utilizado como condimento, atualmente, uma variedade de produtos processados de soja se prolifera no mercado norte-americano. Enquanto os alimentos tradicionais à base de soja, como missô, tamari, tempê e natto são claramente saudáveis em determinadas quantias, os “alimentos” hiper-processados à base de soja, consumidos por grande parte dos vegetarianos, não o são.
Grãos de soja não fermentados e alimentos feitos deles são ricos em ácido fítico (110), um anti-nutriente que se liga a minerais no trato digestivo e os conduz para fora do corpo. Vegetarianos são famosos por sua propensão a carências de minerais, principalmente zinco (111), e é o alto teor de fitato na alimentação à base de grãos e legumes a que se culpar por isto (112). Embora diversas técnicas tradicionais de preparo de alimento, como o repouso em água, germinação e fermentação podem reduzir significativamente o teor de fitato em grãos e legumes (113), tais métodos não são comumente conhecidos ou usados por populações modernas, incluindo vegetarianos. Isto os deixa (assim como outros que se alimentam com grande quantia de grãos integrais) em risco maior de carência de minerais.
Alimentos processados de soja também são ricos em inibidores de tripsina, atrapalhando a digestão de proteínas. Proteína texturizada de soja (TVP), “leite” de soja e pós de proteína, substitutos populares de carne e de leite aos vegetarianos, são alimentos completamente montados, advindos do tratamento dos grãos de soja com calor e diversos banhos alcanilizantes para extração do conteúdo de gordura dos grãos ou para neutralizar seus potentes inibidores enzimáticos (110). Tais práticas desnaturam inteiramente o elemento protêico dos grãos, deixando-o muito difícil de ser digerido. O glutamato monossódico[10] (MSG), uma neurotoxina, é rotineiramente adicionado à proteína texturizada para deixá-la saborosa como os vários alimentos que ela imita (114).
Em um âmbito estritamente nutricional, os grãos de soja, da mesma forma que os legumes, são deficientes em cisteína e metionina, aminoácidos vitais contendo enxofre, assim como em triptofano, outro aminoácido essencial. Ainda, grãos de soja não contêm vitaminas A ou D, necessárias para o corpo assimilar e aproveitar as proteínas dos grãos (115). É, provavelmente, por esta razão que as culturas asiáticas que consomem grãos de soja os combinam com peixe ou caldos de peixe (abundantes em vitaminas lipossolúveis) ou outros alimentos com gorduras.
Pais que alimentam seus filhos com fórmula infantil à base de soja devem se conscientizar de seu teor de fito-estrógeno extremamente elevado. Alguns cientistas estimaram que uma criança sendo alimentada com fórmula de soja está ingerindo a quantia hormonal equivalente a cinco pílulas contraceptivas por dia (116). Tal ingestão elevada poderia redundar em resultados desastrosos. Ainda, a fórmula de soja não contém colesterol, vital para o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso.
Embora a pesquisa ainda esteja em andamento, alguns estudos recentes indicaram que os fito-estrógenos da soja poderiam ser causa de algumas formas de câncer de mama (117), defeitos penianos congênitos (118) e leucemia infantil (119). Independentemente disto, têm-se claramente mostrado que fito-estrógenos, ou isoflavonas, deprimem a função tiroidiana (120) e causam infertilidade em todas as espécies animais estudadas até o momento (121). Certamente, produtos modernos de soja e suplementos de isoflavona isolada não são alimentos saudáveis para vegetarianos, veganos ou qualquer outro tipo de pessoa, embora sejam exatamente os mais consumidos.
Mito nº 11: O corpo humano não é estruturado para consumo de carne.
Alguns grupos vegetarianos alegam que, como os seres humanos possuem dentes moedores, como animais herbívoros, e intestinos mais longos do que os de animais carnívoros, isto prova que o corpo humano está mais bem adaptado para o vegetarianismo (122). Este argumento falha em considerar diversas características fisiológicas humanas, que claramente indicam uma arquitetura para o consumo de produto animal.
Em primeiro lugar e acima de tudo, está nossa produção estomacal de ácido clorídrico, algo não encontrado em herbívoros. O HCl ativa enzimas decompositoras de proteínas. Ademais, o pâncreas humano fabrica toda uma gama de enzimas digestivas para operar sobre uma ampla variedade de comidas, de origem tanto animal quanto vegetal. Mais ainda, a comparação minuciosa, feita por Dr. Walter Voegtlin, entre o sistema digestivo humano, o canino (um carnívoro)e o de uma ovelha (um herbívoro) mostra claramente que, anatomicamente, somos mais próximos de um cão carnívoro do que de uma ovelha herbívora (123).
Ao mesmo tempo em que seres humanos possuem intestinos mais extensos do que os de animais carnívoros, não são tão longos quanto os de herbívoros, nem possuímos estômagos multi-compartimentados como o dos herbívoros, nem ruminamos. Nossa fisiologia indica claramente um consumidor misto ou um onívoro, da mesma forma que nossos parentes, os gorilas monteses e chimpanzés, todos observados consumindo pequenos animais e, em alguns casos, outros primatas (124).
Mito nº 12: Consumir carne animal causa comportamento violento e agressivo em seres humanos.
Algumas autoridades da alimentação vegetariana, como Dr. Rudolph Ballantine (125), alegam que o medo e o terror (caso haja, vide mito nº 15) que um animal vivencia durante o processo de morte, de alguma forma, são “transferidos” para sua carne e órgãos e “se tornam” parte da pessoa que os consome.
Adicionalmente ao fato de que não existem estudos científicos para sustentar tal teoria, estes pensadores fariam bem em se lembrarem do fato de que tendência a raiva irracional é um sintoma de baixo índice de vitamina B12, que, como vimos, é comum em veganos e vegetarianos. Ademais, durante suas viagens, Dr. Price sempre observou extrema felicidade e caráteres agradáveis nas pessoas que encontrara; todas elas, pessoas que se alimentam de carne.
Mito nº 13: Produtos de origem animal contêm numerosas toxinas nocivas.
Um informativo vegetariano recente alegou o seguinte:
A maioria das pessoas não percebe que derivados de carne são carregados de venenos e toxinas! Todos eles, carne, peixe e ovos se decompõem e se putrefam de forma extremamente rápida. Tão logo um animal é morto, são liberadas enzimas auto-destruidoras, causando a formação de substâncias desnaturadas chamadas ptiloaminas, que causam câncer (126).
Então, o artigo prosseguiu, mencionando a “doença da vaca louca” (BSE), parasitas, salmonela, hormônios, nitratos e pesticidas como toxinas presentes em produtos de origem animal.
Se carne, peixe e ovos, realmente, liberam “ptiloaminas”, é muito estranho que pessoas não tenham morrido em massa de câncer, pelos últimos milhões de anos. Tamanhas alegações sensacionalistas e disparatadas não podem se sustentar por fatos históricos.
Hormônios, nitratos e pesticidas estão presentes em produtos de origem animal comercialmente criados (bem como em frutos, grãos e verduras comercialmente produzidas) e são claramente coisas com que se preocupar. Entretanto, há como evitar estas substâncias químicas, tomando o cuidado de consumir carne, ovos e laticínios orgânicos, de animal criado em área aberta e pasto, que não contenham toxinas nocivas, feitas pelo homem.
Evitam-se facilmente parasitas por precauções normais no preparo dos alimentos. Carnes em conserva ou fermentadas, um costume em sociedades tradicionais, sempre são protegidas de parasitas. Em suas viagens, Dr. Price sempre encontrou pessoas saudáveis, isentas de doenças e sem parasitas, comendo carne e laticínios crus, como parte de sua alimentação.
Igualmente, Dr. Francis Pottenger, em seus experimentos com gatos, demonstrou que os gatos mais saudáveis e felizes eram os com alimentação completamente crua. Gatos consumindo carnes cozidas e leite pasteurizado adoeciam, morriam e apresentavam diversos parasitas (127). Salmonela pode ser transmitida por produtos de origem vegetal também.
Vegetarianos constantemente alegam que carne é nociva a nossos corpos porque ocorre liberação de amônia, devido à decomposição de suas proteínas. Embora verdade que a produção de amônia seja causada pela digestão da carne, nossos corpos rapidamente a convertem em inofensiva uréia. A suposta toxicidade da carne é grandemente exagerada por vegetarianos.
“Doença da vaca louca” ou encefalopatia espongiforme bovina (BSE), provavelmente, não é causada por vacas se alimentando de partes animais em sua comida, sendo esta uma prática alimentar realizada há mais de um século. O produtor orgânico inglês Mark Purdey defendeu, de maneira convincente, que vacas com doença da vaca louca eram exatamente as tratadas com aplicação de um inseticida organofosfatado particular em suas lombas ou que pastejavam em solos deficientes de magnésio e com níveis elevados de alumínio (128). Pequenos surtos de “doença da vaca louca” também ocorreram entre pessoas que residem próximas a fábricas de cimento e de produtos químicos e em determinadas áreas com solos vulcânicos (129).
Purdey desenvolveu a teoria de que pesticidas organofosfatados adentravam a gordura da vaca por meio da pulverização e, então, eram ingeridos pelas vacas, cumulativamente, alimentadas com partes de animais. Visto desta forma, são os pesticidas, através dos animais que se contaminavam com ele (e não os animais em si ou seus “príons” associados), que causaram este surto. Como observado anteriormente, alimentar vacas com partes animais ocorre por mais de 100 anos. Nunca foi problema, antes da introdução destes inseticidas específicos.
Recentemente, Purdey obteve apoio de Dr. Donald Brown, bioquímico inglês que também defende causa não infecciosa de BSE. Brown atribui BSE a toxinas ambientais, principalmente sobrecarregadas de manganês (130).
Mito nº 14: Consumir carne ou produtos de origem animal é menos “espiritual” do que consumir apenas alimentos de origem vegetal.
Freqüentemente, alega-se que os que se alimentam de carne ou produtos de origem animal são, de alguma forma, menos “espiritualizados” do que os que não o fazem. Embora esta não seja uma questão nutricional ou acadêmica, quem inclui produtos de origem animal em sua alimentação é comumente levado a se sentir inferior de alguma forma. Esta questão, portanto, merece ser abordada.
Diversas religiões não impõem restrições no consumo de animais, assim como não o fizeram seus fundadores. Judeus consomem carne de cordeiro em sua festividade mais sagrada, o Pessah. Muçulmanos também celebram Ramadan com o mesmo tipo de carne, antes de adentrarem seu jejum. Jesus Cristo, assim como outros judeus, partilhou da carne na Última Ceia (de acordo com os evangelhos canônicos). É verdade que algumas formas de budismo dispõem de óbices ao consumo da carne, mas laticínios são sempre permitidos. Doutrina semelhante é encontrada no hinduísmo. Como parte da celebração samhain, pagãos celtas abatiam o animal mais fraco do rebanho e curavam sua carne para o inverno vindouro. Não é verdade, portanto, que consumir alimentos de origem animal sempre está relacionado a “inferioridade espiritual”.
Todavia, sempre se alega, uma vez que consumir carne envolve a derrubada de uma vida, que, de alguma forma, equivale-se a assassinato. Deixando de lado as filosofias religiosas que geralmente permeiam esta questão, o que parece ser é uma incompreensão da força vital e como ela atua. Populações modernas (vegetarianas e não-vegetarianas) perderam seu contato com o que é necessário para sobreviver em nosso mundo – algo o que os povos nativos jamais perderam de vista. Nós não necessariamente caçamos ou limpamos nossa carne: compramos filés e peças no supermercado. Não necessariamente labutamos em arrozais: compramos sacos de arroz integral. E assim por diante.
Quando um norte-americano nativo matava um animal selvagem para alimentação, ele costumeiramente oferecia uma oração de agradecimento ao espírito do animal por prover sua vida, de forma que ele pudesse viver. Em nosso mundo, a vida se alimenta de vida. Destruição sempre é equilibrada com geração. Isto é uma coisa boa: se descontrolada, a força vital se torna cancerígena. Se o consumo de alimento de origem animal é concebido desta maneira, dificilmente se tratará de assassinato, mas de sacrifício. Populações modernas fariam bem em se lembrarem disso.
Mito nº 15: Consumir alimentos de origem animal é desumano.
Indubitavelmente, algumas crias animais para finalidades comerciais vivem em condições deploráveis em que enfermidades e sofrimento são corriqueiros. Em países como Coréia, animais destinados a alimentação, como cães, são, às vezes, mortos de forma horrorosa, por exemplo, espancados até a morte com um porrete. Nossas recomendações por alimentos de origem animal muito certamente não endossam tais práticas.
Como observado em nosso debate sobre o mito nº 1, produção comercial de crias animais resultam em produto alimentar não saudável, seja o produto carne, leite, manteiga, nata ou ovos. Nossos ancestrais não consumiam tais gêneros alimentícios de baixa qualidade, nem nós deveríamos fazê-lo.
É possível criar animais humanamente. Eis o motivo por que se deve estimular a criação orgânica, preferencialmente biodinâmica: é mais limpa e mais eficiente e produz animais mais saudáveis, bem como os alimentos originários de tais animais. Assim, cada um deve fazer todo esforço possível para comprar alimentos de origem animal produzidos organicamente (bem como alimentos de origem vegetal da mesma maneira produzidos). Isto não apenas provém melhor nossos corpos, uma vez que alimentos orgânicos apresentam maior concentração de nutrientes (131) e são isentos de resíduos de hormônios e pesticidas, mas também se apóiam pequenos produtores e, portanto, melhor para a economia (132).
Todavia, muitas pessoas enfrentam problemas filosóficos com o consumo de carne, e tais sentimentos devem ser respeitados. Laticínios e ovos não são resultantes de morte animal e são boas alternativas para tais pessoas.
Também não deve ser esquecido que a agricultura envolve o desmatamento da terra para plantar as lavouras e a proteção e manutenção de tais plantios, resultando em muitas mortes de animais (133). Portanto, a crença de que “nos tornando vegetarianos”, de alguma forma, pouparemos a vida de animais não é fundamentada em fatos.
O mérito do vegetarianismo
Enquanto uma alimentação purificadora, o vegetarianismo é, em alguns casos, uma boa opção. Diversos problemas de saúde (por exemplo, gota) podem ser freqüentemente aliviados por uma redução temporária no consumo de produtos de origem animal, com aumento do de origem vegetal. Mais tais medidas não devem ser permanentes ao longo da vida: existem nutrientes vitais encontrados somente em alimentos de origem animal que precisamos ingerir para termos a melhor saúde possível. Ademais, não existe uma alimentação que funcione para todas as pessoas. Alguns vegetarianos e veganos, no zelo de se manterem convertidos, são cegos para este fato bioquímico.
A “individualidade bioquímica” é um assunto que merece esclarecimento. Concebido pelo bioquímico nutricional Roger Williams, PhD, o termo se refere ao fato de que pessoas diferentes necessitam de nutrientes diferentes, com base em sua respectiva constituição genética particular. Fatores étnicos e raciais também figuram neste conceito. Uma alimentação que funcione para um pode não funcionar tão bem para outro. Como médico, presenciei diversos clientes seguindo alimentação vegetariana com problemas de saúde sérios: obesidade, candidíase, hipotireoidismo, câncer, diabetes, síndrome do intestino solto, anemia e fadiga crônica. Por causa da retórica amplamente difundida de que uma alimentação vegetariana é “sempre mais saudável” do que uma que inclua carne ou produtos de origem animal, estas pessoas não viram motivos para mudar sua alimentação, embora aquela fosse a causa de seus problemas. O que estas pessoas realmente necessitavam para a melhor saúde possível era mais alimentos de origem animal e gorduras e menos carboidratos.
Ademais, devido a peculiaridades na genética e bioquímica individuais, algumas pessoas simplesmente não podem seguir alimentação vegetariana, por causa de coisas como intolerância a lectina e deficiência de enzimas desnaturalizantes. As lectinas presentes em legumes, uma característica saliente na alimentação vegetariana, não são toleradas por muitas pessoas. Outras apresentam sensibilidade a grãos, principalmente ao glúten, ou a proteínas de grãos em geral. Novamente, uma vez que grãos são o principal recurso na alimentação vegetariana, algumas pessoas não podem ser bem sucedidas nela. (134)
Carência de enzima dessaturase ocorre comumente em pessoas com ascendência de povos como inuítes, escandinavos, norte-europeus e costeiros. Sua falta de capacidade para converter ácido alfa-linolêico em EPA e DHA, dois ácidos graxos ômega-3 profundamente relacionados ao funcionamento dos sistemas imunológico e nervoso. A razão para isto é porque os ancestrais de tais pessoas conseguiam abundância de EPA e DHA de grandes quantias de peixes de água fria que consumiam. Com o passar do tempo, devido à falta de uso, eles perderam a capacidade de fabricar a enzima necessária para criar EPA e DHA em seus corpos. Para tais pessoas, o vegetarianismo é simplesmente impossível. Elas PRECISAM obter seu EPA e DHA de alimentos, e EPA somente é encontrado em alimentos de origem animal. DHA está presente em algumas algas, mas a quantia é muito menor do que em óleos de peixe (135).
Também é evidente que a alimentação vegana não é adequada para todas as pessoas, devido à produção insuficiente de colesterol no fígado, e o colesterol é encontrado somente em alimentos de origem animal. Freqüentemente, é dito que o corpo produz colesterol o bastante para sua sobrevivência e que não há razão para se consumirem alimentos que o contenham (alimentos de origem animal). Entretanto, uma pesquisa recente indica o contrário. O trabalho de Singer, na Universidade da Califórnia, em Berkeley, mostrou que o colesterol dos ovos melhora a memória em pessoas com mais idade (136). Em outras palavras, o próprio colesterol das pessoas idosas não era suficiente para melhorar sua memória, mas o acrescentado pela alimentação de ovos era.
Embora pareça que algumas pessoas se dêem bem com apenas um pouco de carne ou sem carne alguma e permanecem saudáveis, como lacto-vegetarianos ou ovo-lacto-vegetarianos, a razão para isto é porque estes tipos de alimentação são mais saudáveis para estas pessoas, não porque são mais saudáveis em geral. Todavia, a ausência total de produtos de origem animal, como carne, peixe, insetos, ovos, manteiga e laticínios, deve ser evitada. Embora possa demorar anos, problemas seguramente surgirão, devidos a tal alimentação, e certamente se propagarão nas gerações futuras. A pesquisa crucial de Dr. Price demonstrou inequivocamente isto. A razão para tal é evolução simples: a humanidade se evoluiu, consumindo alimentos de origem animal e gorduras como parte de sua alimentação, e nossos corpos estão adaptados e acostumados a eles. Não pode mudar a evolução em poucos anos.
Dr. Abrams bem disse, quando escrevera:
Os seres humanos sempre alimentaram de carne. O fato de nenhuma sociedade humana ser inteiramente vegetariana e de as pessoas inteiramente vegetarianas sofrerem de problemas de debilitação de saúde parece inequivocamente provar que uma alimentação com vegetais deve ser suplementada com, ao menos, uma quantia mínima de proteína animal para suster a saúde. Os seres humanos se alimentam de carne e sempre assim o fizeram. Também consomem vegetais e sempre assim o fizeram, mas alimentos de origem vegetal devem ser suplementados por ampla quantia de proteína animal, para se manter a melhor saúde possível (137).
Notas do autor:
O autor gostaria de agradecer Sally Fallon, assistente médica; Lee Clifford, cirurgião mestre, nutricionista clínico certificado; e Dr. H. Leon Abrams Jr., por seu generoso auxílio na preparação e revisão deste artigo.
Este artigo não foi patrocinado ou pago pela indústria da carne e de laticínios.
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[1] No original, developers. (Nota do Tradutor: NT)
[2] A incidência deve ser direta, ou seja, a pele deve estar exposta, sem películas de bloqueadores ou filtros solares, assim como os raios solares não devem pré-passar por vidros ou outras interfases. (NT)
[3]Diminuição excessiva do pH do sangue, conferindo-lhe caráter ácido. (NT)
[4] Gordura vegetal, parcial ou totalmente hidrogenada é do tipo trans. Muitos óleos vegetais do tipo ômega-3, 6 e 9, costumeiramente extraídos a frio ou por meio de solventes químicos, como o tóxico hexano, usados na alimentação e apregoados como saudáveis, oxidam-se muito facilmente e se convertem em gordura trans. (NT)
[5] São exemplos deste tipo: óleo canola, óleo de soja, milho, algodão, amendoim, cártamo, girassol etc. (NT)
[6] Não pasteurizado. (NT)
[7] No original, progenitors. (NT)
[8] Como o caso das gorduras parcial e integralmente hidrogenadas. (NT)
[9] Vide nota de roda-pé 5. (NT)
[10] Ou simplesmente chamado de glutamato de sódio. (NT)
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